

Psicanálise


Avançando nos estudos e práticas de estágio, as demais linhas terapêuticas, não ressoavam em mim, e não me sentia confortável em atender com tais modelos: os entendia como "ortopédicos", direcionando o tratamento para um padrão adaptativo dos comportamentos, emoções, entendimentos dos pacientes; de forma a "encaixá-los" em padrões de "normalidade" pré definidos. Os sintomas não eram ouvidos, e sim fenômenos para serem calados e adestrados.
Por sua vez, a Psicanálise, para mim, oferecia um mais além, para a escuta e prática clínica. Lendo o sintoma como uma fala, uma escrita com algo a dizer sobre o peculiar, a singularidade da pessoa que está ali como paciente; dizendo sobre sua maneira própria de viver sua história, desejos, faltas, fantasmas e fantasias; sobre o mito criado de sua história (mitos são criados com o objetivo de falar sobre uma história que não conseguimos por em palavras de outra forma, com elementos que nem sempre temos lembrança, mas nos foi passado); sua forma particular de viver sua angústia.
Considerando o paciente nesse processo: pois reconhece a implicação dele, e a importância que escute esses dizeres sobre si, e a partir daí, construir outros saberes, outras saídas e soluções para seus impasses, de forma criativa, dentro de sua estrutura e singularidade, e não a partir de modelos para se encaixar.
Frente a experiências de conflitos e sofrimentos, você já buscou por alternativas de tratamentos, que sentiu como paliativas? como julgadoras?